Durante minha infância e adolescência tive a oportunidade de viajar para diversos países junto a uma ONG com foco em resolução de conflitos e paz mundial. Foi uma experiência incrível e, nesse contexto, seguir para relações internacionais e tentar a carreira de diplomacia parecia o caminho mais natural. Por outro lado, meus pais eram médicos e eu via, em casa, o quanto eles gostavam da profissão e como ela envolvia ajudar o próximo e aliviar o sofrimento, fatores que sempre achei essenciais como pretexto de vida. No momento de escolher, prestei RI, passei e quase fui fazer, mas pensei: “vou tentar medicina e, se não gostar, volto a pensar em ser diplomata”. Entrei na Santa Casa e quando tive contato com a profissão de fato me apaixonei e nunca mais voltei atrás.

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Aproveitei intensamente os 6 anos de faculdade, fiz questão de me envolver com diversas atividades extracurriculares. Fui do time de vôlei e basquete, participei ativamente em diversas atividades do centro acadêmico do qual fui presidente. Foram anos inesquecíveis, onde fiz os amigos que convivo até hoje e aprendi os fundamentos técnicos e assistenciais para uma prática médica humana e eficaz.

 

Também, com bastante dificuldade, escolhi prestar Otorrinolaringologia na residência, depois de considerar diversas especialidades. Eu sabia que queria fazer algo cirúrgico e me atraiu o fato da Otorrino ser tão resolutiva e ter pacientes com tantos possíveis perfis (homens, mulheres, crianças e idosos). De novo, fui muito feliz na minha escolha! Aproveitei os 3 anos da residência com envolvimento e não poderia ter escolhido uma especialidade melhor.​

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Hoje, depois de 10 anos de Santa Casa, decidi continuar minha especialização na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), em cirurgia otológica. Não foi fácil sair do lugar onde me formei médica e passei todos os anos da minha carreira profissional, mas achei que sair da "zona de conforto" me tornaria uma Otorrinolaringologista mais capacitada. Além disso, teria uma outra perspectiva da especialidade o que possibilitaria uma visão mais abrangente e crítica no que diz respeito a cirurgias de ouvido, tais como tumores, colesteatoma, timpanoplastia e também implante coclear.

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Dentro da otorrino, as afecções do ouvido são as que mais tenho aptidão, tanto as infecciosas e inflamatórias, quanto às deficiências auditivas e sua reabilitação. Ainda assim não deixo de atender às diversas outras áreas dentro da Otorrino, me dedicando também às patologias nasais e orais, clínicas e cirúrgicas, tais como adenoamigdalectomias, faringoplastias, correções de desvio de septo e tratamento de sinusites crônicas e agudas.

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Outra área que durante a residência tive especial atenção foi na medicina do sono, que envolve o tratamento do ronco e da apneia e também de outras patologias relacionadas a neurologia clínica e psiquiatria. Inclusive tive a oportunidade de fazer um estágio na Itália em Medicina do Sono.

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Enfim, terminando o meu fellowship, pretendo seguir os estudos, quem sabe com um mestrado ou doutorado, mas claro, me dedicando a minha paixão: a assistência, com muito zelo pelos meus pacientes e familiares e a atenção que momentos delicados merecem.

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CRM - SP: 209.838